O governo federal, na figura dos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu uma declaração conjunta do setor privado com propostas para frear o aquecimento global. A carta aberta contém sugestões do empresariado para a construção da proposta que o Brasil apresentará para o novo acordo climático, que será negociado no fim do ano, na França, na Conferência de Paris sobre a Mudança do Clima (COP 21). Entre elas, o incentivo à inovação tecnológica na cadeia produtiva.
A declaração da iniciativa privada traz variadas questões capazes de diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no âmbito nacional e internacional. Também foram sugeridos o aumento da eficiência energética e a publicação anual de inventários de emissões por parte das empresas. O setor também propõe a eliminação de materiais gerados com base no desmatamento e a adoção de instrumentos que promovam a economia de baixo carbono.
Os setores de energia e da agricultura estão entre as áreas prioritárias de atuação do governo. Segundo a ministra Izabella Teixeira, ambos aparecem, hoje, como os principais responsáveis pelas emissões brasileiras de gases de efeito estufa. “O País vem com a ambição de construir uma taxa de restauração florestal”, acrescentou.
A nova meta brasileira de redução de emissões deve ser apresentada à Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro. Assim como o Brasil, os restantes dos países signatários da Convenção de Clima têm até outubro para apresentar os próprios compromissos de corte de carbono à ONU. Em dezembro, todos eles se reunirão para negociar e validar um novo acordo que começará a valer em 2020. O objetivo desse protocolo é estabelecer ações para manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C.
Fonte: Agência Gestão CT&I, com informações do MMA