A utilização do etanol como combustível estratégico, visando a maior eficiência energética e redução de carbono, está sendo retomada pela indústria automobilística em função do Projeto Rota 2030 do Governo Federal.
O programa, que foi dividido em três ciclos de investimento ao longo de 15 anos, tem entre seus objetivos incentivar a pesquisa e desenvolvimento de novos modelos buscando cumprir a eficiência energética e a redução de emissão de poluentes por meio da concessão de benefícios.
De acordo com as diretrizes do projeto, a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de veículos híbridos, por exemplo, será reduzida dos atuais 25% para uma faixa entre 7% e 20%, sendo atribuída uma redução extra de 2 pontos para os modelos que aceitarem o etanol como um dos combustíveis.
Um levantamento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) aponta que a motorização vem evoluindo desde a criação dos motores flex, em 2003, e que, atualmente, entre 85% e 95% dos carros produzidos aceitam etanol, o que demonstra a importância do setor sucroenergético para o setor automobilístico.
Diante desse cenário, a Fiat está desenvolvendo o motor Firefly 1.0 e 1.3 com turbo movido somente a etanol. A ideia é melhorar o desempenho de consumo em relação aos motores flex, que, em média, tem uma diferença de 30% na eficiência energética em comparação com a gasolina.
Na mesma direção, a Volkswagen trabalha em projetos para ônibus e caminhões híbridos aliado ao etanol, que também terá o uso de turbo.
Já a Toyota será a primeira montadora a lançar um modelo híbrido com motor elétrico e flex com utilização de etanol. A previsão é que o modelo da linha Corolla esteja disponível nas concessionárias a partir de 12 de setembro.
Fonte: Notícias Agrícolas