O Brasil melhorou quatro posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com 2019. Os números de 2020, divulgados nesta quarta-feira (2), mostram que o país passou da 66ª para a 62ª colocação no ranking que abrange 131 países. Os dez mais bem colocados do índice são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Singapura, Alemanha e Coreia do Sul. Pela primeira vez, dois países asiáticos aparecem no top 10, com a melhora dos sul-coreanos, que passaram da 11ª para a 10ª posição.
A classificação é divulgada anualmente, desde 2007, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com a Universidade de Cornell e a Insead.
Para a Confederação Nacional da Indústria, que é parceira na produção dos dados que alimentam o ranking global, a melhora do Brasil em relação ao ano passado mostra evolução em alguns indicadores que compõem o ranking, mas não é motivo para comemoração, uma vez que a 62ª posição é incompatível com o fato de o país ser a 9ª maior economia do mundo. De acordo com o IGI, o país subiu no ranking em razão da queda de outros países, pois a pontuação do Brasil caiu quando comparado com ele mesmo em relação ao ano passado.
“O Brasil continua numa posição abaixo de seu potencial. Precisamos melhorar o financiamento à inovação, fortalecer parcerias entre governo, setor produtivo e academia, estruturar políticas de longo prazo e priorizar a formação de profissionais qualificados”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O ranking é composto por 80 indicadores de 30 fontes internacionais públicas e privadas, das quais 58 representam dados concretos, 18 são indicadores compostos e quatro são perguntas de pesquisa. A pontuação em cada um dos indicadores é analisada e comparada entre os países, estabelecendo a posição no ranking para cada indicador, subpilar e pilar. São considerados no cálculo os subíndices Insumos de Inovação e Produtos de Inovação.
Os dados divulgados nesta quarta revelam que o Brasil aparece somente na quarta posição entre as 37 nações da América Latina e Caribe avaliadas no ranking, ficando atrás do Chile (54º), México (55º) e Costa Rica (56º). A América Latina aparece como uma das regiões mais mal classificadas no ranking.
O relatório destaca, ainda, que Brasil, México e Argentina abrigam empresas globais de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e estão entre as primeiras 10 economias de renda média no critério qualidade da inovação. Chile, Uruguai e Brasil, por sua vez, produzem altos níveis de artigos científicos e técnicos, com o Brasil tendo também um impacto em matéria de patentes.
A América Latina também registra um bom desempenho no novo indicador valor de marcas globais: México, Brasil, Colômbia e Argentina são as economias de renda média com melhor desempenho neste indicador, abrigando muito mais marcas valiosas do que se poderia prever em função do nível de suas rendas.
Fonte: Convergência Digital