Ao todo serão R$ 1,6 bilhão disponibilizados por meio de bancos credenciados, iniciativa faz parte do pacote de ações do governo federal para auxiliar na recuperação do estado atingido pelas enchentes
OMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Finep detalharam na sexta-feira (21), em Porto Alegre (RS), as linhas de crédito emergencial disponíveis para empresas inovadoras gaúchas. Com valor de R$ 1,6 bilhão, a ação está disponível para companhias de todos os portes e faz parte das iniciativas da pasta para ajudar na recuperação do estado atingido pelas enchentes.
A Finep também anunciou um aumento no total de recursos disponíveis para crédito pelos agentes credenciados no estado: Badesul, Banrisul, BRDE e Cresol. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que a emergência climática demanda ações baseadas na ciência para ser enfrentada.
“A ciência tem que estar a serviço de soluções que enfrentem os eventos climáticos. No Brasil, esse fenômeno tem condicionantes históricas. Uma delas é a concentração urbana em áreas de risco, a falta de projeto urbano. A outra são os eventos extremos, que têm crescido em frequência e intensidade. Essa situação demanda medidas de adaptação, mitigação e um plano emergencial para enfrentar as tragédias”, pontuou.
O presidente da Finep, Celso Pansera, listou as medidas tomadas desde o início da crise, o que incluiu a suspensão temporária de pagamentos de empréstimos por clientes do RS. Empresas gaúchas representam 22% da carteira de crédito da Finep.
“Os recursos já estão disponíveis. Os agentes credenciados aqui no estado têm a tradição de operar com a Finep, a gente tem um relacionamento cotidiano. Em poucos dias a Finep aprovou os valores e colocou à disposição das empresas. Contando que nós estamos deixando de receber nesse período em torno de R$ 465 milhões e colocando R$ 1,6 bilhão, estamos falando de R$ 2 bilhões da Finep para as empresas de inovação do RS”, detalhou.
Condições
Para requerer o crédito as empresas devem ter sede ou filial no RS e realizarem os investimentos no estado. Precisam também ter sido atingidas pelos eventos climáticos e um histórico de inovação nos últimos 10 anos, que consiste, por exemplo, em ter participado de mecanismos como Lei do Bem, Lei de Informática, subvenção à pesquisa e desenvolvimento ou financiamentos de P&D via Finep, BNDES ou Embrapii.
Podem ser financiados obras civis de readequação; máquinas e equipamentos, capital de giro associado e taxas de acesso a fundos de aval de fundos garantidores. Para participar, é preciso entrar em contato com os agentes financeiros credenciados pela Finep no estado.
Fonte: MCTI