O que é e como funciona o blockchain e saiba usar em seu negócio

A tecnologia pode ajudar a melhorar os resultados das empresas

Blockchain – a tecnologia por trás das moedas virtuais como o bitcoin – já não é mais uma tendência, como há dois anos. Mas uma realidade que está movendo negócios no mundo inteiro. O blockchain pode ajudar a melhorar os resultados das empresas. E não apenas das grandes. Afinal, pequenos e médios negócios também buscam o que a tecnologia oferece. Isto é: reduzir custos, ter mais segurança e confiabilidade, mais agilidade e transparência nas operações. Não à toa, o estudo TI Inside Blockchain apontou que 63% das empresas brasileiras pretendem desenvolver projetos usando essa tecnologia em até 24 meses.

E é por isso também que, para muitos analistas, profissionais e acadêmicos, o potencial disruptivo do blockchain é tão grande. Inclusive, consideram essa tecnologia da corrente de blocos descentralizada como a maior inovação surgida desde a criação da internet. Isso porque, apesar de ter ficado conhecida em função das criptomoedas, vai além e pode beneficiar outros processos e operações.

O que é blockchain?

Blockchain é uma cadeia de blocos que fica armazenada, com seus registros invioláveis. O sistema funciona como uma espécie de livro-razão distribuído na rede que guarda registros de operações. Esse armazenamento dos registros ocorre em sequência e de forma permanente. Assim, é imutável e não permite fraudes.

Qualquer transação realizada é validada e registrada, tornando-se disponível para ser acessada em qualquer dispositivo. Por isso, a tecnologia aporta velocidade, agilidade, transparência e segurança para as negociações. E, como você pode ter percebido, não precisa de intermediários ou uma autoridade validadora central. Portanto, o blockchain é um modo de realizar operações de forma mais rápida, com muito mais transparência e segurança.

Por conta dessas características, diversas instituições, financeiras ou não, estão experimentando a tecnologia com muitas finalidades. De organizações tradicionais às fintechs, grandes companhias mas também pequenas e médias empresas investem ou planejam investir no blockchain.

Como o blockchain trata de uma estrutura aberta e autorregulada, já que todos os envolvidos podem ver tudo que acontece, não precisa de controle ou supervisão externa. Por isso, é também chamado de protocolo de confiança. Assim, qualquer empresa pode oferecer produtos ou serviços de valor para diversos clientes em potencial diretamente. Como diz um artigo no BlockchainMeeting, “A capacidade de armazenar e carimbar com data/hora todos os tipos de dados de uma forma que ninguém possa apagar, censurar e editar é muito mais útil do que muitos imaginam.”

Como o blockchain funciona?

Um blockchain é uma rede formada por blocos de dados seguros e encadeados. Cada bloco, além do conteúdo, traz uma impressão digital. Esse conteúdo pode ser qualquer troca/transferência de ativos digitais – no caso das moedas virtuais, é uma operação financeira. O bloco seguinte trará o seu conteúdo próprio, a impressão digital do bloco anterior e, baseada nesses dois dados, a sua impressão digital. E a corrente segue assim.

Essa impressão digital é o hash, que é basicamente um código de números e letras representando os dados inseridos. Isto é, o conteúdo. Assim, se o conteúdo é alterado, o hashtambém muda. E como cada bloco traz o hash do bloco anterior, não há como fraudar os registros. Isso porque qualquer alteração é detectada e inviabilizada.

Blockchain no Brasil

No Brasil, o blockchain vem despertando atenção. Para ter uma ideia, no ano passado, a pesquisa TI Inside Blockchain mostrou que 63% das empresas no país têm intenção de fazer projetos com a tecnologia e 32,5% consideração a possibilidade. Apenas 4,5% das respostas foram negativas.

O mesmo estudo aponta finanças, meio de pagamento e moedas digitais como áreas mais citadas pelos respondentes para utilizar o blockchain, com 46,3%. Depois aparecem gestão de contratos inteligentes, e segurança e gestão de identidade, com 35,8%. A seguir vêm cadeias integradas de negócios (32,8%), gestão de dados/banco de dados (29,9%) e distribuição e logística (19,4%).

Gestão de compra, gestão de estoque/ativos e soluções colaborativas/comunidade foram as áreas citadas por 17,9%. A seguir, administração e contabilidade (13,4%), serviço de atendimento ao cidadão (11,9%) e controle e gestão de administração pública (7,5%). Completando a lista vêm plataformas de aplicações financeiras para clientes, transporte público, comércio, automação de redes de energia elétrica, projetos de inovação para clientes, saúde e energia, e gestão de penitenciárias, todos com 1,5%.

Obstáculos para expansão

O único entrave para a expansão dessa tecnologia, por enquanto, é a sua complexidade de aplicação, já que, por se tratar de um projeto de código aberto, o blockchain possui diversas ramificações, dificultando o alinhamento entre as funcionalidades e a aplicação prática do sistema fora do ramo dos Bitcoins.

Apesar dessa dificuldade inicial, é bem possível que, em um futuro muito próximo, possamos ouvir falar cada vez mais dessa tecnologia financeira e desfrutar de transações seguras na internet não só com Bitcoins, mas com outras moedas digitais ou até mesmo em outras atividades financeiras.

Por isso é importante tentar entender desde já como funciona essa tecnologia, identificar suas vantagens, benefícios e também seus possíveis pontos fracos, e se preparar para um futuro cada vez mais seguro, moderno e veloz dos pagamentos digitais. Aprender a conviver com estas novas tecnologias nos auxiliará a utilizá-la com mais tranquilidade quando for necessário.

Fonte: Blog Vivo Empresas

 

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