Brasil e União Europeia buscam fortalecer cooperação científica

Ministra Luciana Santos recebeu a visita de cortesia do embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybañez

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu, nesta quinta-feira (6), o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybañez, para discutir o fortalecimento da cooperação científica entre o Brasil e o bloco europeu.

“O presidente Lula entende a importância de uma política externa de paz, troca e diálogo, na busca de um arranjo que garanta uma política de ganha-ganha”, afirmou a ministra. “Temos uma cooperação muito abrangente com a União Europeia nas áreas digital, espacial, de oceanos, só para citar algumas, e reafirmo nosso pleno interesse em desenvolver, ainda mais e de forma firme, essa parceria”, completou.

Na área espacial, a ministra falou sobre o compartilhamento dos dados coletados pelos satélites brasileiros e europeus e destacou a importância dos dados brasileiros para monitoramento do desmatamento, uma das prioridades do governo do presidente Lula.

Semicondutores – A ministra lembrou ainda que a União Europeia está desenvolvendo o European Chips Act – plano para fortalecer a área de semicondutores e reduzir a dependência externa. Na mesma linha, citou o empenho do MCTI em reverter a liquidação da Ceitec, empresa que atua no desenvolvimento e na fabricação de semicondutores. A medida é estratégica no esforço de reindustrialização do país.

Conectividade – O embaixador da União Europeia, Ignácio Ybañez, defendeu o aprofundamento da cooperação em áreas prioritárias. “Para nós, a cooperação no âmbito científico e tecnológico é muito importante. Temos prioridades conjuntas nas áreas de transformação verde, digital e social, que abrangem a inclusão digital”, explicou.

Ele destacou ainda o projeto Bella (Building the Europe Link with Latin America), que atende às demandas de interconexão de longo prazo das comunidades de pesquisa e educação europeias e latino-americanas. “Ele estabelece uma conexão digital direta entre Europa e América do Sul. Antigamente passava pelo Estados Unidos. Queremos aumentar essa iniciativa para chegar em todo o Brasil”, explicou.