Governo anuncia R$ 352 milhões para pesquisa

Em evento virtual, o ministro Marcos Pontes anunciou novo investimento em recursos para projetos de pesquisa, inovação e infraestrutura no combate a pandemias.

Em razão da marcha, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, divulgou nos canais de redes sociais da pasta um vídeo anunciando que o governo está investindo de R$ 100 milhões em ações relacionadas à pesquisa para combate à Covid-19. Pontes acrescentou que foram liberados ontem R$ 352 milhões para laboratórios de biossegurança nível quatro, que podem contribuir com pesquisas para enfrentar novas pandemias. Além disso, estão sendo aportados mais R$ 600 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para essa finalidade.

Fortalecimento da ciência

Os pesquisadores alertam constantemente sobre a necessidade de o País definir a ciência como prioridade, e entender que embora o método científico demande inúmeras fases, garantem a confiabilidade de todo o processo. Para atingir o resultado esperado, o investimento em agências de fomento à pesquisa e valorização das empresas privadas em universidades são fatores essenciais.

A última marcha virtual trouxe dois painéis nacionais que destacaram o enfrentamento da pandemia de Covid-19 e outro sobre sucessos e desafios da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil.

Desafios

Esse cenário na saúde ilustra os desafios da produção de conhecimento no Brasil assinalados pelos participantes do debate. O Brasil é atualmente o 11º país no ranking global em produção científica. O país possui 200 mil pesquisadores, número que na proporção por 1 milhão de habitantes fica abaixo de diversas nações, como Argentina, Estados Unidos, os países da União Europeia, Coreia do Sul e Israel.

O presidente da SBPC, Ildeu Moreira, destacou que o orçamento das principais instituições e fundos da área diminuiu a menos da metade nos últimos sete anos. O do Ministério de Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) chegou a R$ 8 bilhões em 2013 e agora está em R$ 3,5 bilhões. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por bolsas de pós-graduação, teve o orçamento reduzido de R$ 7,4 bilhões para R$ 3,2 bilhões no mesmo período.

Por fim, Moreira conclui que o grande desafio é que CT&I esteja integrada em um projeto de nação “que seja democrático, soberano, menos desigual e com desenvolvimento sustentável. Podemos fazer mais se tivermos apoio e encaixados em um projeto de nação. Podemos melhorar? Sim, mas precisamos estar inseridos neste projeto”, defendeu o presidente da entidade.

Fonte: Agência Brasil

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