Segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, o objetivo é incentivar a modernização do parque industrial brasileiro e projetos de inovação e adoção ou geração de novas tecnologias como internet das coisas, inteligência artificial, automação, “big data” e conectividade.
“Temos agora a oportunidade de lançar, de forma estruturada e integrada, de estimular a inovação, seja com isenção de bens necessários como robôs colaborativos, com tarifa zera, seja através de financiamentos com juros mais atrativos”, disse o ministro.
Somente a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que é ligada ao Ministério da Tecnologia, afirma ter R$ 7,2 bilhões disponíveis para empréstimos no ano.
“Nossa meta para esse ano é de R$ 3,85 bilhões em projetos reembolsáveis. Dinheiro para empréstimo na Finep não é problema”, disse o diretor da Finep, Ronaldo Camargo. Segundo ele, o órgão também captou outros US$ 1,5 bilhão com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para projetos de inovação no Brasil.
“O banco estima que possa ter uma demanda de cerca de 1 bilhão esse ano. Ele torce para que tenha. E estima R$ 5 bilhões em 3 anos. Mas não há limite orçamentário para o que é prioritário”, disse o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
Para as linhas destinadas à inovação, a taxa de juros anual no BNDES será reduzida de 1,7% para 0,9% (+spread), e terão prazos mais alongados.
No Banco da Amazônia, serão disponibilizados R$ 1,1 bilhão para a indústria 4.0, com foco na modernização do parque tecnológico da Zona Franca de Manaus.
Batizado de Agenda Brasil 4.0, o pacote quer estimular também uma maior aproximação entre indústrias e startups, e irá destinar R$ 30 milhões até 2019 para até 100 novos projetos, além de R$ 20 milhões para 20 projetos de desenvolvimento de ambientes para testes de soluções que possam ser aplicadas no processo produtivo, as chamadas “fábricas do futuro”.
A indústria 4.0 é chamada assim pois é considerada como a 4ª revolução industrial e se caracteriza por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico aos processos produtivos.
“Imaginamos que em até 20 anos o Brasil possa chegar em até 18% da indústria em 4.0?, projetou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, destacando que países como a Alemanha investem por volta de 20 bilhões de euros por ano na área.