Rota 2030: Integração da cadeia automotiva em projetos de inovação tecnológica é destaque no primeiro ano de programa

Projetos aprovados em chamadas públicas têm a participação de 39 empresas do setor automotivo

A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) completou em outubro o primeiro ano como coordenadora da Linha IV – Ferramentarias Brasileiras mais Competitivas, do Programa Rota 2030. Nesse período, um dos grandes objetivos foi promover a integração entre entidades da cadeia automotiva para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica.

A gerente de Negócios e Parcerias da Fundep, Janayna Bhering Cardoso, destaca que a Fundep se posiciona no Rota 2030 como elo conector das necessidades da cadeia automotiva nacional com o desenvolvimento de inovações tecnológicas específicas, por meio da gestão de soluções e oportunidades em recursos financeiros, de capital intelectual e de infraestrutura. “O papel da instituição é promover a integração entre as demandas identificadas na cadeia automotiva e o desenvolvimento de soluções por meio de alianças estratégicas que envolvem a academia e as empresas”, explica.

Projetos integrados

Foram publicadas quatro chamadas públicas da Linha IV com o objetivo de fomentar intercâmbio científico e tecnológico entre grupos de pesquisa e a cadeia automotiva para o desenvolvimento de programas de capacitação técnico-científico-gerencial para elevar a produtividade e a competitividade da cadeia nacional de ferramentaria.

Foram aprovadas seis propostas que somam o valor total de R$ 44,3 milhões (R$ 22,5 milhões de aportes da Linha IV e R$ 21,8 milhões em contrapartida dos participantes). A atuação em rede é uma das características dos projetos selecionados, que têm ao todo a integração entre nove Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e 39 empresas da cadeia automotiva. Outras 24 propostas estão em fase de julgamento.

Uma das propostas aprovadas é a “DECOLAB – Demonstrador de Estampagem de Painel Estrutural – Coluna B”, coordenada pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), em parceria com Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O projeto, que terá investimento total de R$ 6,5 milhões, possui a participação de 18 empresas da cadeia automotiva de diferentes categorias, como montadoras, ferramentarias, fornecedores de serviços e software para o setor.

O objetivo da proposta é a construção de um demonstrador do processo de estampagem de painéis estruturais (Coluna B) que seja representativo da capacidade industrial do setor brasileiro de ferramentarias. O projeto poderá ser utilizado como referência para mapear o processo de construção do ferramental de estampagem, identificar gargalos tecnológicos, metodológicos e organizacionais, além de elaborar um diagnóstico de competitividade, difundir de forma sistemática e estruturada o conhecimento multidisciplinar relativo ao processo entre o setor de ferramentarias e sua cadeia de fornecimento.

Segundo o professor titular da EAESP-FGV, Luiz Carlos Di Serio, coordenador geral do projeto, a proposta possui como característica muito importante a grande integração gerada com o apoio de entidades de classe. “Desenvolvemos um projeto a partir de uma integração, onde de fato cada um contribui para o sucesso. Tivemos um apoio muito importante de entidades que transmitem confiança e comprometimento”, reforça.

As empresas participantes do projeto são: Ferramentaria Gaspec; Fiat Chrysler Automobiles (FCA); Ford Motor Company Brasil; General Motors do Brasil (GM); Gestamp Paraná; Metalúrgica Futuro; Nissan do Brasil; Renault do Brasil; Toyota do Brasil; Volkswagen do Brasil; BR Matozinhos Fundições; Autaza Technology; Companhia Siderúrgica Nacional (CSN); 6Pro Virtual and Practical Process; ESI South América Comércio e Serviços de Informática; Aethra Sistema Automotivos AS; OSG Sulamericana de Ferramentas; e NCAM – Neo Consulting Serv. Eng. Manufatura Avançada.

Linha IV do Rota 2030

Além de chamadas públicas para projetos de desenvolvimento tecnológico, a Linha IV do Programa Rota 2030 irá beneficiar a cadeia ferramental com o mapeamento da cadeia produtiva do setor, ações de certificação para atingir padrões nacionais e internacionais e integrar ações de capacitação e formação técnica e gerencial para alcançar mais qualidade e eficiência.

Fonte: Revista Ferramental

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