Término da lei de informática pode fechar empresas e diminuir empregos

Com o fim próximo da Lei de Informática – que concede isenção de impostos, com a Zona Franca de Manaus, para indústrias instaladas em outros estados brasileiros – e acaba em janeiro de 2020, o setor de Tecnologia de Informação e Comunicação teme a perda de empregos pela substituição de produtos importados no brasil.

De acordo com o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, com um eventual fim da lei, os investimentos nessa área podem cessar no país. “Se, por acaso, nós não tivermos uma renovação na lei, o risco existente é que as empresas não tenham mais razão para produzir no Brasil. Porque não são todas que podem se deslocar para o Amazonas, e as grandes empresas que existem no Brasil na área eletro-eletrônica tem suas fábricas também na China“, explica.

Ele ressalta, ainda, que uma pesquisa da Abinee feita em setembro, aponta que, com exceção ao Iphone, os demais celulares no Brasil tem um preço compatível ao exterior.

Por isso, o setor aguarda uma medida provisória do governo, como a troca da redução do IPI por outra alternativa. Mas a indefinição em Brasília preocupa. “Nós poderemos, a partir do ano que vem, ser obrigados a cobrar o IPI do produto final, o que deve aumentar o preço para o consumidor entre 15% e 20%. Então tem que haver apenas uma adequação da atual lei, no sentido que você possa utilizar outros tributos federais para fazer a desoneração e isso possa, evidentemente, permitir que nós venhamos a manter a desoneração para o cliente final, para o consumidor”, afirma Barbato.

Atualmente, o Brasil possui 500 empresas no setor, com 117 mil empregos diretos e é o segundo maior produtor mundial de computadores e celulares, atrás apenas da China.

Fonte: Jovem Pan

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